13 de abril de 2017

Sozinha

Gelo. Frio. Indolor.
É tudo que eu sinto no momento.
Sinto-me como um bibelô quebrado 
De escanteio. 
Esperando alguém que o possa consetar
E de repente... Sem consertos, sou atirada ao lixo.
Todos que te rodeiam deixam de sentir,
E você deixa de esperar.
Se cansa ou deixa de sentir.
E em um toque, tudo não passa de lembranças engavetadas
Mesmo que você aperte os olhos para tentar se lembrar...
Só resta... nada.
Ai tudo para de fazer sentido
E você só fecha os olhos, diminui a respiração e afoga-se na solidão.

11 de abril de 2017

indolor

Faz um tempo que venho me procurando e quanto mais acho que vou me encontrar, despenco de um abismo e sinto uma queda lenta.
Meus sonhos e desejos de criança, nada mais eram que amor e carinho. Queria ser amada... por um companheiro, por amigos, pela minha família ou por quem estivesse ao redor, mais seus sonhos e desejos só serviram para o meu fracasso.
Hoje, não sinto mais nada.
Tento me afogar em filmes, livres para poder sentir... Sentir algo que não é real? É loucura!
Me arrancaram a sangue frio os sentimentos e tento lutar por eles todos os dias, lutar para não desistir do meu filho, dos meus estudos, dos meus sonho, da minha vida...
Muito coisa perdeu o sentindo e me sinto transparente.
Amigos? Não consigo ter uma companhia para tomar uma cerveja, como terei amigos? Como?
As vezes acordo de madrugada e fico me olhando no espelho do banheiro... Quem sou eu? Eu sirvo para que? Tenho nojo daquilo que reflete, essa carcaça que carrego é a pior que existe no mundo. A palavra feia é pequena pro que acho daquilo que reflete. Sou abominável!
Porque não consigo ser como os outros?

Um dia ouvi de uma pessoa que ninguém, jamais iria gostar de mim pelo que sou. Doeu. Mais hoje acho que ele tem razão...

Eu to pedindo socorro com um pano amarrado na boca

Onde estou?

O alimento já tem pouco sabor e mal me desce a garganta.
O dia a dia se acostumou a ser estranho.
As noites são mal dormidas com sonhos estranhos e vivências desconhecidas.
O ar já não preenche meu pulmão com oxigênio.
Minhas vontades já se reduziram a mais da metade.
Meus olhos estão sempre deixando escorrer aquilo que a boca não consegue falar.
Minha cabeça só desenha o que me destrói.
E onde estou?
Vagando em um oceano, á deriva, entregue a própria sorte.
Totalmente perdida e sem rumo.
Tentando desviar do iceberg prestes a me destruir.