Quando você foi embora...
Na verdade, eu não tinha idade suficiente para me lembrar, mais esse sentimento eu vou carregar pro resto da minha vida. O abandono.
Desde então, todos os sentimentos negativos me assombram ou se tornam realidade, meu único medo sempre foi ser sozinha, não ter amigos, não ter um relacionamento, não ter uma família, não ter um filho. Alguns se tornaram realidade, hoje eu tenho um filho e tenho um relacionamento, mais não tenho amigos, não tenho contato e o sentimento de abandono, nunca me abandona.
Sempre vou ser aquela que todo mundo deixa para trás, aquela que ninguém liga para saber se ta bem ou aquela que ninguém chama para sair.
Mais quando você se foi, você levou consigo meu amor, minha admiração, meu heroísmo e destruiu uma parte de mim, aquela parte que até hoje não consegui juntar os cacos.
Mais você teve outra filha e morri de raiva, mais na verdade só queria que você não cometesse os erros que cometeu comigo e você cometeu, piores ainda.
Eu sempre me odiei, porque nunca consegui compreender o motivo das pessoas me deixarem,
Infelizmente, foi a unica coisa que me ensinou.
1 de maio de 2017
13 de abril de 2017
Sozinha
Gelo. Frio. Indolor.
É tudo que eu sinto no momento.
Sinto-me como um bibelô quebrado
De escanteio.
Esperando alguém que o possa consetar
E de repente... Sem consertos, sou atirada ao lixo.
Todos que te rodeiam deixam de sentir,
E você deixa de esperar.
Se cansa ou deixa de sentir.
E em um toque, tudo não passa de lembranças engavetadas
Mesmo que você aperte os olhos para tentar se lembrar...
Só resta... nada.
Ai tudo para de fazer sentido
E você só fecha os olhos, diminui a respiração e afoga-se na solidão.
11 de abril de 2017
indolor
Faz um tempo que venho me procurando e quanto mais acho que vou me encontrar, despenco de um abismo e sinto uma queda lenta.
Meus sonhos e desejos de criança, nada mais eram que amor e carinho. Queria ser amada... por um companheiro, por amigos, pela minha família ou por quem estivesse ao redor, mais seus sonhos e desejos só serviram para o meu fracasso.
Hoje, não sinto mais nada.
Tento me afogar em filmes, livres para poder sentir... Sentir algo que não é real? É loucura!
Me arrancaram a sangue frio os sentimentos e tento lutar por eles todos os dias, lutar para não desistir do meu filho, dos meus estudos, dos meus sonho, da minha vida...
Muito coisa perdeu o sentindo e me sinto transparente.
Amigos? Não consigo ter uma companhia para tomar uma cerveja, como terei amigos? Como?
As vezes acordo de madrugada e fico me olhando no espelho do banheiro... Quem sou eu? Eu sirvo para que? Tenho nojo daquilo que reflete, essa carcaça que carrego é a pior que existe no mundo. A palavra feia é pequena pro que acho daquilo que reflete. Sou abominável!
Porque não consigo ser como os outros?
Um dia ouvi de uma pessoa que ninguém, jamais iria gostar de mim pelo que sou. Doeu. Mais hoje acho que ele tem razão...
Eu to pedindo socorro com um pano amarrado na boca
Meus sonhos e desejos de criança, nada mais eram que amor e carinho. Queria ser amada... por um companheiro, por amigos, pela minha família ou por quem estivesse ao redor, mais seus sonhos e desejos só serviram para o meu fracasso.
Hoje, não sinto mais nada.
Tento me afogar em filmes, livres para poder sentir... Sentir algo que não é real? É loucura!
Me arrancaram a sangue frio os sentimentos e tento lutar por eles todos os dias, lutar para não desistir do meu filho, dos meus estudos, dos meus sonho, da minha vida...
Muito coisa perdeu o sentindo e me sinto transparente.
Amigos? Não consigo ter uma companhia para tomar uma cerveja, como terei amigos? Como?
As vezes acordo de madrugada e fico me olhando no espelho do banheiro... Quem sou eu? Eu sirvo para que? Tenho nojo daquilo que reflete, essa carcaça que carrego é a pior que existe no mundo. A palavra feia é pequena pro que acho daquilo que reflete. Sou abominável!
Porque não consigo ser como os outros?
Um dia ouvi de uma pessoa que ninguém, jamais iria gostar de mim pelo que sou. Doeu. Mais hoje acho que ele tem razão...
Eu to pedindo socorro com um pano amarrado na boca
Onde estou?
O alimento já tem pouco sabor e mal me desce a garganta.
O dia a dia se acostumou a ser estranho.
As noites são mal dormidas com sonhos estranhos e vivências desconhecidas.
O ar já não preenche meu pulmão com oxigênio.
Minhas vontades já se reduziram a mais da metade.
Meus olhos estão sempre deixando escorrer aquilo que a boca não consegue falar.
Minha cabeça só desenha o que me destrói.
E onde estou?
Vagando em um oceano, á deriva, entregue a própria sorte.
Totalmente perdida e sem rumo.
Tentando desviar do iceberg prestes a me destruir.
O dia a dia se acostumou a ser estranho.
As noites são mal dormidas com sonhos estranhos e vivências desconhecidas.
O ar já não preenche meu pulmão com oxigênio.
Minhas vontades já se reduziram a mais da metade.
Meus olhos estão sempre deixando escorrer aquilo que a boca não consegue falar.
Minha cabeça só desenha o que me destrói.
E onde estou?
Vagando em um oceano, á deriva, entregue a própria sorte.
Totalmente perdida e sem rumo.
Tentando desviar do iceberg prestes a me destruir.
25 de março de 2017
Adormecida
Estava em um lugar que jamais ousaria dizer o endereço, por realmente não saber.
Parada na porta de casa avistava a mãe de minha amiga que não gostava muito de mim, sabe-se Deus porque.
Logo eu vi minha amiga saindo de casa com um skate e falei: -Lá vai a doida se aventurar.
Anoiteceu.
Soube por alguém que ela ia dar uma festa e como assim não fui convidada? Não sou a melhor amiga? a qual ela jurou segredos?
Ela se aproximou e eu indaguei o porque do não convite e em tom eufórico ela me respondeu que eu parasse de drama porque eu não preciso de convite e se eu quisesse, eu poderia ir.
Chorei e corri para adentrar minha casa e segui para o meu quarto, onde se encontrava algumas pessoas e um rapaz em destaque, branquelo, alto, com olhos puxados, corpo másculo.
Eu soluçava de cabeça baixa e ele veio ao meu encontro, tocou em minhas costas e perguntou o que havia acontecido.
Em um tom grosso de voz, eu o mandei sair.
Gritei: - SAIAM TODOS!
Então foi que ele arrebatou com um tom suave:
- Eu tive algumas namoradas. Uma namorei por 3 anos, era loira, tinha dinheiro e nos dávamos bem, mais cansei. Namorei outra por 2 anos, era alta, inteligente e tinha um grande futuro, mais me sentia pequeno perto dela, terminei. Mais hoje, eu conheci uma menina diferente, ela é... engraçada, linda, tem um temperamento forte que as vezes se assimila a um sargento do exército, mais mesmo assim ela é minha namorada e eu gosto muito dela.
E saiu.
Enxuguei minhas lágrimas. Sorri. Tomei um banho.
Chamei-o para o meu quarto:
- Aquilo é verdade? Eu sou aquilo tudo? Sua namorada?
Ele riu e me beijou intesamente. Vamos a festa?
Sorri e fiz que sim com a cabeça.
Estava pronta.
Fomos juntos.
Infelizmente quando chego lá, eu fico menstruada e tive que tomar um banho para colocar uma roupa da minha amiga, Estava no banheiro e ele entrou todo engraçadinho.
Imediatamente mandei ele sair. Ele saiu dando risada.
Me arrumei. Voltei pra festa.
Talvez eu tenha ficado bêbada, ou cansada e no sonho sou transportada para um quarto onde eu acordo meio sem saber quem sou.
Percebo algo no quarto escuro, se mexendo perto da cama.
- O que é isso? Socorro, tem alguma coisa aqui! Gritei.
Corro para ligar a luz, mais não consigo acender, sou empurrada para cima da cama. Tento correr para a saída e vejo em outra porta uma criança tentando freneticamente abrir a porta, vou ao encontro para ajudar-lo, mas fico imóvel , é quando vejo um palhaço esquisito pelo vidro fosco da porta, puxando o garoto com toda força e sumindo aos poucos de minha vista.
Tristeza e angustia foi o que eu senti naquele momento.
Finalmente consegui abrir a porta e sair daquele quarto...
Saio assustada.
Tá amanhecendo e tem pessoas chorando. .
- Que ta acontecendo? Perguntei a primeira pessoa que vi.
A tia loira da minha amiga me responde que o filho dela havia sumido.
Todos estavam desesperados.
Tentei contar para amiga o que aconteceu no quarto, mais não conseguia dar certeza se era real...
Fui para casa desolada. Perdida.
Encontro meu namorado sentado no pé da minha cama, lendo notícias de cabeça baixa no celular.
Beijo-o na boca e sou correspondida e percebo lágrimas escorrerem de seu rosto.
Acordo esquisita, como quem acorda de um estado catatônico.
Que seria esse enredo?
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